domingo, 19 de fevereiro de 2012

Supervalorização da futilidade


 Épocas como essa em que estamos passando, mais precisamente, o carnaval, serve para nos mostrar como a mídia aberta, gratuita destrói qualquer esperança de ganho intelectual. Quero dizer, as emissoras tradicionais, que são o grande meio de veiculação de informação abandonam fatos que são relevantes para mostrar "coisas" como Big Brother e horas de programação intermináveis sobre festas populares.
 Dizer que as informações não estão sendo repassadas apenas é muito fácil, mas quais são elas? Vejamos alguns fatos deste inicio de ano:
- Enriquecimento de Urânio no Irã com produção se expandindo no subterrâneo;
- 1 ano do evento conhecido como Primavera Árabe e a continuação dos conflitos;
- Morte de 3.000 pessoas na Síria por regime autoritário;
- Conflitos na Grécia por causa da crise econômica;
- Jovem chinesa de 17 anos descobre indícios para a cura do câncer;
- Debates entre Argentina e Inglaterra para a posse das Ilhas Malvinas.
 Alguém pode dizer que viu alguma dessas noticias sendo veiculadas em alguma emissora, mas responda:
Quantos minutos essa reportagem permaneceu no ar?
Quantos comentários ela recebeu?
Como ela foi transmitida?
Quantas emissoras falaram a respeito?
 Esses são apenas alguns aspectos que devem ser levados em conta quando falamos de um tema como esses, agora usando as mesmas perguntas responda sobre o Big Brother, o Carnaval e o caso Eloá (julgamento de Lindemberg). O julgamento foi importante sim, nada contra ele ser comentado, afinal causou muita comoção nas pessoas quando a tragédia ocorreu, mas será que merecia todo aquele destaque? Se analisarmos que fatos como aquele são corriqueiros e infelizmente parecem fazer parte de nossa cultura, toda aquela repercussão se torna desnecessária ou se não devemos criar um canal que transmita esses 24 horas por dia.
 Essas atitudes como já disse anteriormente só mostram como os meios de informação não dão a minima para o que é realmente de algum valor e se importam apenas com os lucros obtidos através de uma programação pífia para conquistar uma massa que se encontra em uma situação cada vez mais deprimente em relação ao que acontece em sua volta. 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Carnaval no início do ano

 "Têm 3 semanas que venho em Brasília para trabalhar e nada acontece. E olha que estamos em ano de eleição".
 "Espero que na minha próxima vinda a Brasília tenha alguma porra pra fazer. Ou será que o ano só vai começar depois do carnaval?"
Romário, deputado federal.

  Mais uma vez o Brasil nos surpreende, quem diria que o Romário ao entrar na política poderia querer fazer alguma coisa de verdade? É importante lembrar que esse ano temos eleições e suas afirmações podem ser apenas estratégias de marketing, mas mesmo assim, essa é uma atitude interessante por parte dele.
 Agora, falando em fatos realmente significativos, todos temos que concordar que o carnaval têm suas vantagens, entretanto temos que observar o quanto perdemos com ele em sua forma atual. Por exemplo, é normal ouvirmos a frase "O ano só começa depois do carnaval", essa afirmação prova apenas que as perdas realmente existem. Pensem nos processos que não são realizados, nos produtos que não são feitos, entre outros.
  Por ser aluno eu poderia dizer que existe uma vantagem nisso, as aulas entram em recesso, mas o que muitos esquecem é que esses dias devem ser repostos, e ai surge a pergunta, quando isso acontece? Normalmente essas aulas são ministradas perto do período de férias, julho ou dezembro, isso representa que perdemos em média, dez dias de aula no começo do ano letivo por causa de faltas, descomprometimento e pelo menos mais cinco no período em que elas deveriam ser repostas, pelo mesmo motivo.
 Entretanto, existem pontos positivos no carnaval, o mesmo país que para consegue gerar empregos e renda através da festa, e isso é muito bom para economia, então por que não podemos dar um jeito de ganhar com esse evento sem perder em outros pontos?
 Que tal seria se o carnaval fosse em Agosto, por exemplo? Admito que parece estranho pensar nisso, mas existe um ponto de bom senso nessa opção. Novamente pense, as férias escolares não prejudicam a economia e ao mesmo tempo faz o turismo ferver, então que tal seria aumentar um pouco esse período inserindo a festa carnavalesca, renovando os ânimos das pessoas e ganhando renda com isso?